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Quais os números do sector Vet em Portugal?

por Dilen Ratanji, Diretor-Geral da VetBizz Consulting, em Veterinária Atual.

Estimo que o volume de negócios global do mercado dos centros de atendimento médico-veterinários (CAMV), onde naturalmente o segmento dos animais de companhia predomina, é de aproximadamente 175 milhões de euros em 2017, o que traduz um crescimento de aproximadamente 12,9% em relação ao ano anterior. Cerca de 1.125 empresas (+4% face ao ano anterior) para um total de 1.350 CAMV (+3,8% face ao ano anterior), ou seja, uma média de 129 mil euros (m€) de facturação média por CAMV (+7,5% do que o ano anterior). Desde 2012, o mercado tem vindo a crescer a uma taxa anual de crescimento média [CAGR: compound annual growth rate] de 11,5%, evidenciando a saúde e potencial do sector veterinário. E se o negócio cresce, é porque o mercado também está a aumentar, ou seja, o número de animais de estimação em solo português, que conta já com um total de 6,2 milhões (37% cães e 22% gatos). Por outro lado, uma crescente preocupação social na saúde e bem-estar dos animais também contribui para um aumento das visitas dos tutores e seus animais aos CAMV, assim como naturalmente um contexto económico-social mais favorável do que os anos mais recentes.

O sector veterinário tem um rating positivo, uma vez que em 2017 cerca de 69% dos CAMV estavam cotados como tendo nível de risco baixo (vs. 68% em 2016), 30% com risco médio (vs. 31% em 2016) e apenas 1% com risco elevado (à semelhança do verificado no ano de 2016).

Apresento de seguida alguns indicadores económico-financeiros (médias) mais relevantes do sector veterinário. Reportar-me-ei ao ano de 2016, pois oficialmente os dados de 2017 apenas estarão disponíveis em meados de 2018:

  • O ciclo de tesouraria dos CAMV é positivo: em média, cada CAMV tem um prazo médio de pagamentos de 53 dias, que considero estar num nível aceitável (vs. 56 dias de 2015);
  • O EBITDA médio do sector é aproximadamente 20,5 m€ (vs. 18 m€ de 2015). Este indicador representa quanto uma empresa gera de recursos através das suas actividades operacionais, sem contar com impostos e depreciações. Um indicador relevante quando se realizam avaliações económico-financeiras das empresas. É um EBITDA contabilístico, sendo que o normalizado poderá apresentar valores bem distintos (em função da realidade e especificidades da própria empresa);
  • O número médio de colaboradores por CAMV é de 4 (vs. 3 de 2015). Não se inclui neste valor os colaboradores que estejam em regime de prestação de serviços;
  • A média dos custos com pessoal sobre o total da facturação é de aproximadamente 32%, estando dentro do intervalo de referência considerado positivo na gestão veterinária. Um rácio acima dos 40% poderá ser sinónimo de improdutividade da equipa ou má gestão de outros recursos internos. Não obstante, e face às eficiências fiscais que são adoptadas nas rubricas dos gastos com pessoal, a análise a este rácio deverá ser realizada com a devida reserva. Pela experiência da VetBizz Consulting, o rácio real (médio) intervala dos 35% aos 40%;
  • O activo total (líquido) é de aproximadamente 156 m€, o que representa um crescimento de quase 14% face ao ano anterior, deduzindo-se assim que 2016 foi um ano de mais investimentos nos CAMV;
  • O capital próprio apresentou em 2016 uma variação positiva face a 2015: 54,6 m€ vs. 39,9 m€, o que traduz um crescimento de 36,7%;
  • O passivo (os valores que a empresa deve a terceiros, como por exemplo os financiamentos bancários) ronda os 101,5 m€ (acréscimo de apenas 2,5 m€ em relação ao ano anterior);
  • O resultado líquido (lucro) médio num CAMV é de 6,8 m€, representando uma queda de 4,2% em relação ao ano anterior;
  • Os fornecimentos e serviços externos (FSE), que incluem as rendas, telecomunicações, energia, deslocações, estadas, entre muitas outras rubricas, têm um peso percentual relativo de 25% (semelhante ao ano anterior), posicionando-se no limite do intervalo de referência considerado aceitável (entre 20% e 25%);
  • O saldo médio dos depósitos bancários é de 24,7 m€ (vs. 21,5 m€ em 2015);
  • Apesar de haver inúmeras dívidas incobráveis nos CAMV, na realidade na maior parte das vezes não se registam como tal em termos contabilísticos;
  • A dívida corrente média (ainda cobrável) dos clientes é de 9,0 m€ (vs. 7,3 m€ de 2015);
  • A rendibilidade financeira (quociente entre o resultado líquido e o capital próprio) é de 11,9%, abaixo do que seria naturalmente desejável, enquanto que a solvabilidade (quociente entre o capital próprio e o passivo) é de 53,8% (substancialmente acima dos 40,8% identificados em 2015), ou seja, se uma empresa tiver que solver as suas obrigações, consegue-o fazer em quase 54% com os seus próprios capitais;
  • O rácio de autonomia financeira (quociente entre os capitais próprios e o actívo líquido) é de aproximadamente 35%, pela primeira vez acima dos 30% recomendados (em 2015 era de apenas 28,9%);
  • Segundo alguns gestores na área veterinária, o ciclo de tempo dos produtos em armazém (shelf life) deverá ser no máximo de 60 dias, sendo que no nosso sector veterinário este prazo médio de inventários em armazém é de 42 dias (vs. 44 dias em 2015). Apesar da gestão de stocks ser uma das grandes “dores de cabeça” nos CAMV, o shelf life encontra-se em níveis controlados.

O sector tem vindo a apresentar níveis de crescimento muito interessantes ao longo dos últimos anos. Apesar dos dados contabilísticos supracitados esconderem algumas verdades e realidades das empresas, são claramente um barómetro para se perceber quais as tendências do sector, com base em indicadores económico-financeiros. A boa notícia é que o ano de 2017 foi ainda melhor que o de 2016. Vamos aguardar pelos dados oficiais para confirmarmos apenas quais foram os níveis de crescimento.

(O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)



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