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Que impacto o Brexit terá na economia portuguesa?

Esta é uma pergunta que se tem intensificado nos últimos tempos nas minhas sessões de consultoria da VetBizz Consulting e que me moveu para a redação do presente artigo. Preocupados com o negócios dos seus CAMV, é indubitavelmente uma questão pertinente, até pela complexidade associada a esta matéria. Despoletado em 2016, e rejeitado por três vezes no Parlamento britânico, o processo do Brexit (um misto de “Britain” e “Exit”) traduzuma potencial saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Mas sabendo que o Reino Unido é uma das principais potências económicas da Europa, qual seria o impacto do Brexit para a nossa economia? Para que o leitor não desespere pela resposta, adianto que Portugal não está na “linha da frente” do impacto mais duro do Brexit. Países como a Irlanda, Malta, Holanda, Bélgica, República Checa, Eslováquia, Polónia e Hungria serão os países mais afectados por um “Hard Brexit” (saída sem consenso da UE), designadamente ao nível do Produto Interno Bruto (PIB) ou dos despedimentos que poderão ser provocados.

Reconhece-se que o risco de uma saída abrupta da UE é elevado e, caso este evento se venha a confirmar, a S&P (agência de rating) prevê uma contracção do PIB do Reino Unido de 2,8% em 2020 e reitera que no ano de 2021 a produção poderia ser 4,7% mais baixa do que num cenário de uma saída com acordo da UE. De realçar, que estima-se que o Reino Unido já tenha perdido cerca de 3% do PIB nos 10 trimestres que se seguiram à realização do referendo europeu em junho de 2016.

Retomando a questão do efeito “Hard Brexit” na economia portuguesa: estima-se que possa haver um impacto de 1,16% sobre o PIB nacional (ou seja, cerca de 2,4 biliões de euros) e de cerca de 30 mil despedimentos[1]. Em volume de despedimentos, Portugal vai ser o 11º mais afetado nos 27 da União. No corte no PIB é o 18º mais prejudicado. Neste estudo prospetivo é indicado que os sectores de atividade nacionais que sofrerão o maior impacto negativo são a eletrónica, têxtil e automóvel.

 

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal também realizou um estudo sobre o impacto do Brexit em Portugal onde conclui que as reduções potenciais de exportações de bens e serviços para clientes britânicos poderão variar entre 1,1% e 4,5% do volume actual, os fluxos de investimento direto estrangeiro provenientes do Reino Unido (que é o quarto maior investidor atualmente) podem cair entre 0,5% e 1,9% e as remessas de emigrantes portugueses na Grã-Bretanha podem diminuir entre 0,8% e 3,2%. O Reino Unido é anualmente o terceiro país de origem nas remessas de emigrantes.

Trabalham neste momento dezenas de médicos veterinários portugueses em solo britânico, que naturalmente sentirão o impacto do “Hard Brexit” na economia local. O impacto que se sentirá no sector veterinário não será necessariamente proporcional ao impacto negativo sentido no PIB e desemprego do país, mas um impacto na conjuntura económica do país terá naturalmente reflexo no negócio dos CAMV, em particular pelo condicionamento do poder de compra. Mas recordo que no Reino Unido há 16 milhões de cães e gatos distribuídos por cerca de 3.700 CAMV, o que traduz uma média de 4.325 de cães e gatos por CAMV, ou seja, um potencial superior em 2,4 vezes em relação ao nosso país. O dimensionamento do mercado impedirá males maiores para o sector veterinário e outros sectores de actividade.

Estou convicto que em Portugal sentiremos, naturalmente, os reflexos da saída do Reino Unido da UE, contudo será algo temporário e não terá impactos nefastos no sector veterinário.

 

[1] Segundo um estudo recente dos impactos à escala da União Europeia realizado por Hylke Vandenbussche, professor na Universidade de Lovaina, na Bélgica.


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