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Quase 300 milhões

A pandemia revelou-se fastidiosa para inúmeros setores de atividade do tecido empresarial nacional, no entanto foi o melhor período de sempre para o setor veterinário. Depois de um 2020 onde a faturação global dos CAMV situou-se na ordem dos 245 milhões de euros, 2021 acentuou ainda mais a tendência de crescimento, tendo alcançado os 290 milhões de euros, ou seja, cerca de 18,4% de aumento face ao ano anterior. Este número contempla apenas os centros veterinários que prestam serviços a animais de companhia, ainda que também possam simultaneamente apresentar uma proposta de valor específica para animais de produção.

Os confinamentos sucessivos potenciaram os elos emocionais entre os tutores e os seus animais de companhia, aumentando a consciência daqueles para a saúde e bem-estar dos seus amigos de estimação. Observou-se uma tendência crescente de visitas aos CAMV, um aumento gradual das suas propostas de valor e ainda um incremento na transação média por visita. Por outro lado, manteve-se a tendência de abertura de novos CAMV e do aumento do número de veterinários ao domicílio, ainda que o número de insolvências tenha sido superior ao dos anos anteriores (estruturas menos dimensionadas que tiveram dificuldades em enfrentar o período pandémico).

Numa análise mais recente realizada pela VetBizz Consulting ao número de CAMV em Portugal, cruzando diferentes fontes de informação, estima-se que existam aproximadamente 1.550 CAMV no nosso país, o que significa que cada CAMV faturou, em média, cerca de 189,5 mil euros em 2021, comparando com os 162,7 mil euros de 2020.

Apresento de seguida alguns indicadores económico-financeiros (médias) mais relevantes dos CAMV. Reportar-me-ei ao ano de 2021, pois oficialmente os dados de 2022 apenas estarão disponíveis no decorrer no 3º trimestre de 2023. De referir que todos os valores apresentados em euros não incluem IVA.

  • O volume de negócios médio por empresa (e não CAMV) é de 259,9 mil euros (vs. 227,8 m€ de 2020);
  • O EBITDA[1] médio por empresa é aproximadamente 39,3 mil euros (vs. 33,2 m€ de 2020), ou seja, representa cerca de 15,1% da faturação, muito acima dos 10% que observámos há poucos anos. O EBITDA representa quanto uma empresa gera de recursos através das suas atividades operacionais, sem contar com impostos e depreciações. Um indicador relevante quando se realizam avaliações económico-financeiras das empresas;
  • Em média, cada empresa tem um prazo médio de pagamentos de 48 dias, abaixo dos 52 dias do ano anterior;
  • O número médio de colaboradores por empresa manteve os mesmos 5 do ano anterior. Não se inclui neste valor os colaboradores que estejam em regime de prestação de serviços. Os gastos com pessoal aumentaram, em média, 15,5% nas empresas;
  • A média dos custos com pessoal sobre o total da faturação é de aproximadamente 35,2% (vs. 34,9% em 2020), estando dentro do intervalo de referência segundo as boas práticas de gestão veterinária. Um rácio acima dos 40% poderá ser sinónimo de improdutividade da equipa ou má gestão de outros recursos internos. Não obstante, e face às eficiências fiscais que são adotadas nas rubricas dos gastos com pessoal, a análise a este rácio deverá ser realizada com a devida reserva. Pela experiência da VetBizz Consulting, o rácio real (médio) intervala entre os 38% e 46%, sendo que os valores mais elevados são mais característicos de estruturas de maior dimensão e/ou em fase de notório crescimento, que implica maiores investimentos;
  • O ativo total médio é de aproximadamente 235,4 m€, o que representa um crescimento de 12,6% face ao ano anterior;
  • Por força dos melhores resultados operacionais nas empresas, o capital próprio apresentou em 2021 uma variação positiva substancial face a 2020: 116,3 m€ vs. 94,8 m€, o que representa um crescimento de 22,7%;
  • O passivo (os valores que a empresa deve a terceiros, como por exemplo os financiamentos bancários, Estado ou fornecedores) ronda os 119,1 m€, uma variação de 3,3% face ao ano anterior;
  • O resultado líquido (lucro) médio na empresa é de 20,4 m€, representando um crescimento assinalável de 23,8% face a 2020 (16,5 m€);
  • Os fornecimentos e serviços externos (FSE), que incluem as rendas, telecomunicações, energia, deslocações, estadas, entre outras rubricas, têm um peso de 21,6% em relação à faturação, face aos 21,3% do ano anterior, posicionando-se no intervalo de referência considerado aceitável (entre 20% e 25%);
  • O saldo médio dos depósitos bancários é de 56,2 m€ (vs. 47,8 m€ de 2020);
  • A dívida corrente média dos clientes é de 15,6 m€ (vs. 13,0 m€ de 2020);
  • A rentabilidade dos capitais próprios manteve o valor inalterado: 17,6%, enquanto a solvabilidade (quociente entre o capital próprio e o passivo) melhorou de forma significativa para os 97,6% (acima dos 82,1% registados em 2020), ou seja, se uma empresa tiver que solver as suas obrigações, consegue-o fazer em quase 98% com os seus próprios capitais;
  • O rácio de autonomia financeira (quociente entre os capitais próprios e o ativo) aumentou para 49,4% (vs. 45,1% de 2020), reforçando a sua posição acima dos 30% recomendados;
  • A produtividade das pessoas empregadas aumentou de 1,39 €[2] para 1,41 € de 2020 para 2021, traduzindo um aumento de 7,9%;
  • A rentabilidade das vendas e serviços prestados (que comummente as empresas designam de “rentabilidade do negócio”) é de apenas 7,9%, ou seja, por cada 1.000 euros faturados, o lucro líquido do CAMV é de 79 euros.

Com o atual contexto macroeconómico, e considerando a tendência para um período ainda mais recessivo, o ano de 2022 não apresentará um crescimento do setor ao nível dos anos anteriores, situando-se entre os 7% e 10%. O ano de 2023 será ainda mais desafiante e não creio que a taxa de crescimento dos negócios dos CAMV ultrapasse os 5% – 7%.

[1]Earnings Before Interests, Taxes, Depreciations and Amortizations = Resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações.

[2] Por cada euro gasto na empresa.



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