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Invasão da Rússia à Ucrânia: e agora?

O pior cenário confirmou-se: a Rússia invadiu mesmo a Ucrânia! Estilo uma guerra fria do Leste. É o tema na ordem do dia, em todo Mundo, e que tem vindo a preocupar os gestores dos CAMV, que nos começam a questionar qual será o impacto na nossa economia e, em particular, no setor veterinário. Permitam-me, assim, tecer algumas considerações sobre este evento geopolítico que poderá ter consequências nefastas, à escala mundial, num futuro próximo. Num contexto bélico, não há videntes e profetas que adivinhem o que acontecerá, nem anjos que nos salvem (até ver), pois o efeito bola de neve é totalmente imprevisível. Ainda assim, há factos que parecem evidentes e que importa considerarmos, entre os quais o facto de Portugal vir a sofrer, direta ou indiretamente, consequências com a guerra que se iniciou dia 24 de Fevereiro na Ucrânia.

Os analistas esperam para breve um aumento dos preços dos alimentos, como o pão ou a carne, mas também na eletricidade e gás natural. A Rússia é o principal fornecedor de gás natural da Europa (41,1% do total que chega à União Europeia) e, com o conflito, uma crise energética poderá escalar os preços a qualquer momento. Mas essa é a questão: quando? Com o corte das relações económicas entre a União Europeia e a Rússia, e sendo o gás natural uma “commodity” (matéria-prima), é certo e sabido que teremos aumento de preços a muito curto prazo. Além do impacto na indústria e nas famílias que a utilizam para aquecimento e outros serviços, o aumento dos preços do gás natural é a causa do aumento dos preços da eletricidade nos mercados grossistas em toda a Europa. Paralelamente, os 27 países da União Europeia importam cerca de 27% do petróleo ao país liderado pelo “ditador” Putin. E as sanções económicas que a Europa e o resto do Mundo, em particular os EUA, vão aplicar à Rússia, contribuirão para a escalada dos preços destas matérias-primas, e eventualmente muitas outras.

O efeito dominó de um conflito desta natureza terá inevitavelmente repercussões em vários setores da atividade económica, fundamentais para a subsistência das populações, designadamente nos transportes, que impactará diretamente nos preços das matérias-primas alimentares, como é o caso dos cereais. Os dois países são responsáveis por 23% da exportação mundial de trigo! Os cereais já estavam com crescimentos na ordem dos 10% e isto tem impacto nos mais variados domínios. Para fazer farinha, mas também para as rações animais. Tanto a Rússia como a Ucrânia têm um papel importante no que diz respeito à exportação de cereais à escala mundial, com ambos os países a representarem cerca de 30% da exportação, o que demonstra bem a dimensão que a guerra pode ter. Além do trigo, também o milho pode ver os preços aumentarem, sendo a Ucrânia o sexto maior produtor mundial, responsável por 16% das exportações mundiais de grãos. Este encadeamento de factos começa a revelar-se verdadeiramente assustador.

Este aumento dos preços das matérias-primas associadas à energia e alimentos ocorre numa fase em que a inflação já tinha começado a dar dores de cabeça aos bancos centrais. A guerra na Ucrânia é mais um trigger para a inflação, aumentando os problemas para o Banco Central Europeu. E é fácil de compreendermos que aumentar os preços da energia vai tirar vigor à economia e que a guerra criará uma pressão no sentido de travar o crescimento económico. Na realidade, estamos em vésperas de uma crise económica de proporções potencialmente elevadas, quando os efeitos das anteriores crises ainda não se dissiparam totalmente, nomeadamente derivadas ao contexto pandémico. Mas tudo dependerá da evolução do conflito.

Este contexto também criará constrangimentos e restrições ao nosso Orçamento do Estado – 2022, que neste momento não são quantificáveis. Se a guerra continuar, o PIB de Portugal crescerá menos do que o previsto ou pode mesmo decrescer, originando uma possível recessão económica.

Uma crise desta natureza provoca inflação, custo e despesas aceleradas, carência de bens, rutura eventual de mercados e de ciclos de abastecimento de alguns produtos. Como tal, podemos enfrentar dificuldades logísticas em alguns produtos e temos de estar preparados para isso, incluindo no setor veterinário. Os centros veterinários, como qualquer outra empresa de outros setores de atividade, sentirão o impacto da inflação e consequente diminuição do poder de compra dos tutores.

Neste momento só há uma forma de evitar efeitos verdadeiramente desfavoráveis na economia mundial, e que são completamente imprevisíveis: dar uma oportunidade à paz.

#PrayForUkrania



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